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Relação Professor-Aluno, Trabalhando Na Zona De Desenvolvimento Proximal para Uma Aula Interactiva – Só Ciência da Educação

Muitas vezes a Relação Professor-Aluno, passa por momentos difíceis, onde o professor aplica medidas muito rígidas para tentar melhorar a sua relação com o aluno, essas medidas tornam-se muitas das vezes razão de conflito na sala de aula.

Como forma contribuir para melhoria desta situação, neste artigo trouxemos para si relação professor-aluno, trabalhando na zona de desenvolvimento proximal para uma aula interactiva.




Segundo Loch diz que:

“ Relação Pedagógica não é um simples encontro de professores e alunos, alunos e alunos em um espaço denominado sala de aula. É um conjunto de interacções sociais, um encontro formativo, um encontro que tem como pano de fundo o saber”.  (Loch, 2012)

Segundo Trindade (2009) citado por Esteves (2012):

“A relação pedagógica é entendida como um tipo de relação educativa que terá que ser obrigatoriamente abordada e percepcionada quer em função dos compromissos e das finalidades educativas que justificam a existência da Escola como espaço educativo e de socialização cultural no mundo e nas sociedades contemporâneas, quer em função do facto de ser uma relação que ocorre de forma privilegiada nos, e por vezes, a partir dos espaços que as salas de aula constituem”. (Esteves, 2012, p. 1)

De acordo com os dois autores entendemos que a relação pedagógica é um conjunto de interacções sociais, e ela decorre dentro e fora da sala de aula através dos intervenientes do processo de ensino-aprendizagem.

A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

 

A relação professor-aluno é fundamental em todos os níveis e modalidades de ensino. Através dela o aluno pode ser motivado a construir seu conhecimento.

 

Como mencionado anteriormente, a aprendizagem é um processo contínuo e bilateral, aprende-se sempre e isso não é uma propriedade exclusiva do aluno: o professor também aprende.

 

O significado de ensinar nos leva a outros termos, como: fazer, saber, instruir, comunicar conhecimentos, mostrar, orientar, guiar, dirigir, desenvolver habilidades – que apontam para o professor enquanto agente principal e responsável pelo ensino. Nesse sentido, o ensino centraliza-se no professor, em suas qualidades e habilidades.

 

Aprendizagem do estudante vai ser significativa quando esse for um sujeito activo. Isso se dará quando a criança receber informações relativas ao objecto de estudo para organizar suas actividades e agir sobre elas. Geralmente os professores “jogam” somente os símbolos falados e escritos para os alunos, alegando a falta de tempo.

 

Contudo, a aprendizagem deve ser significativa para o aluno, envolvendo-o como pessoa. Trata-se de um processo que deve levar o aluno a relacionar o que está aprendendo com conhecimentos e experiências que já possui e, assim, interagir e transferir o que aprendeu em situações concretas na sociedade em que vive.

 

A aprendizagem precisa ser acompanhada de um feedback imediato, ou seja, de um retorno que forneça dados ao aluno e ao professor para corrigir e levar adiante o processo.

 

Segundo Haidt (2002), o processo de ensino-aprendizagem é uma actividade conjunta de professores e alunos, organizado sob a direcção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam activamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções.

 

Os alunos de escolas de educação básica, regra geral, encontram-se numa faixa etária na qual assimilam conhecimentos e desenvolvem hábitos e atitudes de convívio social, justamente por meio do convívio com pessoas. É durante esse convívio que o domínio afectivo se une à esfera cognitiva e surge o aluno integral, como ele realmente é, agindo não somente com a razão, mas também com os sentimentos. Não se pode esquecer a função educativa da interacção humana, pois é convivendo com seus semelhantes que o ser humano é educado e se educa. Essa interactividade envolve, necessariamente, na escola, a relação entre professor e aluno. Nela, o professor tem basicamente duas funções, de acordo com Haidt (2002):

 

Função incentivadora: aproveitando a curiosidade natural do aluno para despertar seu interesse e mobilizar seus esquemas cognitivos;

 

Função orientadora: orientando os esforços do aluno para aprender, ajudando-o a construir seu conhecimento.

 

INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: TRABALHANDO NA ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

 

A escola enquanto instituição educativa desempenha um papel relevante na interacção professor- aluno, pois é o palco das diversas situações que propiciam esta interacção, principalmente no que tange sua dimensão socializante, a qual prepara o individuo para a convivência em grupo e em sociedade. Segundo Vygotsky (1976, p. 78), a relação professor-aluno não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento, no qual o aluno deve ser considerado como um sujeito interactivo e activo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.

 

                                                                                                   Via pexels

Nesse sentido, a actuação do professor é de suma importância, já que ele é o mediador da aprendizagem do aluno sendo assim muito importante para o aluno a qualidade da mediação exercida pelo professor, pois desse processo dependerão os avanços e as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola. Organizar uma prática escolar, considerando esses pressupostos, é sem duvida, conceber o aluno um sujeito em construção e transformação que, a partir das interacções tornar-se à capaz de agir e intervir no mundo, conferindo novos significados para a historia dos homens. Quando se imagina em uma escola baseada no processo de interacção, não está se pensando em um lugar onde cada um faz o que quer, mas num espaço de construção , de valorização e respeito, no qual todos se sintam mobilizados a pensarem em conjunto.

 

Partindo da teoria de Vygotsky (1989), o conceito de zona de desenvolvimento proximal abre uma nova perspectiva à prática pedagógica colocando a busca do conhecimento e não de respostas correctas. Ao educador, restitui seu papel fundamental na aprendizagem, afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de alguém que os ajude, eles não o farão sozinho. Assim, cabe ao professor ver seus alunos sob outra perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que favorece também a acção do outro na ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Partindo dessa perspectiva, o professor seria o suporte, ou "andaime", para que a aprendizagem do educando a um conhecimento novo seja satisfatória.

A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO E DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINOA PRENDIZAGEM.

            Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro tem fundamental importância. Na escola pode-se dizer que a relação professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com as abordagens de Paulo Freire (2005), percebe-se uma forte valorização do diálogo com importante instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a idéia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo com um fenómeno humano capaz de mobilizar e reflectir o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor essa prática pedagógica Freire, acrescenta que

 

[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornarse simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes. ( FREIRE , 2005 , p. 91)

As relações afectivas que o aluno estabelece com os colegas e professores são de grande valor na educação, pois a afectividade constitui a base de todas as reações da pessoa diante da vida. Sabendo que as dificuldades afectivas provocam desaptações sociais e escolares, bem como perturbações no comportamento, o cuidado com a educação afectiva deve caminhar lado a lado com a educação intelectual, isto porque, é na escola que a criança e o adolescente procuram buscar o atendimento de algumas de suas necessidades afectivas. Por isso, é importante que, na relação entre professor-aluno, sejam levados em consideração tanto os aspectos cognitivos quanto os aspectos afectivos desta relação.

A construção do conhecimento é um processo interpessoal. O professor, de certa forma, aprende com seu aluno, à medida que consegue perceber como ele percebe e sente o mundo. Assim, o professor pode e deve rever comportamentos, ratificar ou rectificar opiniões, desfazer preconceitos, mudar atitudes, alterar posturas. Devemos sempre nos lembrar deste princípio fundamental: a construção do conhecimento é um processo social, e não individual. Professor e aluno ensinam e aprendem um com o outro.

 

De nada adiantará a você, no futuro exercício da sua profissão, conhecer novos métodos e técnicas de ensino ou usar recursos audiovisuais modernos, se encarar seu aluno como um ser passivo e receptivo. Sua forma de ensinar e de interagir com seus alunos dependerá do modo como você os conceberá (seres activos ou passivos) e da maneira como verá a actuação deles no processo de aprendizagem.

 

1.1.1.      A DISCIPLINA NA SALA DE AULA

Uma aula disciplinada é muito mais do que conservar a classe em ordem. O objectivo ao buscar disciplina deve ser o de desenvolver no aluno o autocontrole, o auto-respeito e o respeito pelas pessoas e coisas que o rodeiam. Se o professor não tem essas qualidades, é inútil tentar desenvolvê-las nos alunos, por isso é bom ir treinando-as desde já. A verdadeira disciplina não se origina de pressões, mas parte do íntimo do indivíduo. Há alguns processos que são costumeiramente utilizados para conseguir disciplina. São eles:

 

 

Uso da força: bastante utilizado antigamente, ainda é empregado por muitos professores. Nesse processo, são utilizados castigos e ameaças. As normas estabelecidas pelo professor devem ser seguidas sem questionamento. O aluno, regra geral, obedece aos regulamentos, segue as ordens, executa os deveres, sem qualquer interesse, apenas para livrar-se das punições e censuras;

 

Chantagem afectiva: consiste em cativar a amizade do aluno ou da classe para se alcançar disciplina. O aluno, então, fará tudo o que o professor desejar, por medo de perder sua amizade ou magoá-lo. Ao seguir as normas e os regulamentos, terá em mente agradar o professor;

 

Uso da responsabilidade: consiste em desenvolver a responsabilidade do aluno. Exige capacidade para acompanhar o seu amadurecimento, dando-lhe responsabilidades dentro dos limites de seu nível de maturidade e de inteligência. Consiste em criar oportunidades para a autodireção do aluno.

 

Bibliografia

 

Esteves, L. M. (2012). A relação pedagógica na sala de aula. In L. M. Esteves, A relação pedagógica na sala de aula (p. 1). Brasil: Covilhã.

LOCH, V. (29 de Agosto de 2012). A Relação Pedagógica. Obtido em 15 de 09 de 2018, de abrelivros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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