Nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravia. Estudou em Viena e foi aluno do fisiólogo Brücke e de Charcot em Paris. Tendo trabalhado como médico e docente na Universidade de Viena, desde 1886, foi proposto como professor extraordinário, em 1897.
Inicialmente os trabalhos de Freud trataram sobre histologia e anatomia do cérebro e posteriormente sobre temas clínicos de neuropatologia, tendo traduzido os escritos de Charcot e de Bernheim. "Über Coca", de 1884, é um trabalho introdutório da cocaína na Medicina. Sua obra anterior aos textos de Psicanálise, escritas no período entre 1877 e 1886, é composta de 21 artigos sobre diversos temas, mas nenhum dos textos anteriores ao ano de 1886 foi integrado às suas obras completas por oposição de seus filhos e herdeiros, Ernst e Anna Sua obra sobre Psicanálise é composta de 24 livros (dois dos quais com Josef Breuer e um com a colaboração de William Bullitt) e 123 artigos, além de comentários, prefácios etc., e foi traduzida em cerca de 30 línguas. Também desenvolveu uma nova psicoterapia da histeria, da qual muito pouco se tem publicado.
Em fevereiro de 1923, teve diagnosticado um tumor maligno no lado direito do palato. Passou por uma cirurgia com a ablação dos maxilares e da parte direita do palato. E, posteriormente, outras cirurgias que somaram ao todo 33, todas por causa desta enfermidade. Passou a usar uma prótese, tinha dificuldade para falar, mas mantinha contato com seus interlocutores e exercia suas atividades rotineiras, tendo afastado-se somente dos problemas do movimento psicanalítico, conduzido então por Ernest Jones que presidiu a IPA a partir de 1934.
Em março de 1938, quando a Alemanha invadiu a Áustria, com o auxílio do diplomata americano William Bullitt e de Marie Bonaparte, Freud saiu de Viena com sua família em direção a Londres, onde residiu em Maresfield Gardens 20; hoje "Freud Museum". Ali, ele redigiu seu último texto, "Moisés e o Monoteísmo".
Freud faleceu em 23 de setembro de 1939 sob condições que, a meu ver, não deveriam ser divulgadas, por respeito a este grande mestre. Creio que os historiadores e todos os que se dispõem a publicar biografias deveriam ter um mínimo de bom senso e consciência da fragilidade humana e, como eu, elucidar as obras e não as mazelas de quem se torna público. Então, por respeito ao trabalho e à obra deste que foi, de fato, o grande Pai da Psicanálise, digo apenas que ele faleceu em 1939, depois de sua inestimável contribuição ao universo terapêutico.
Fonte: DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM E DECOMPORTAMENTO DE LOU DE OLIVIER
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