Ticker

6/recent/ticker-posts

Ad Code

Breve historial sobre a profissão docente

A profissão de professor é uma das mais antigas que existe. Há 25 séculos, o filósofo grego Sócrates foi professor de Platão. Sócrates não ensinava numa escola, mas em locais públicos, como praças e ginásios. Ele conversava com as pessoas, fazendo perguntas e provocando seus discípulos, o que os obrigava a pensar.







 Em 355 a.C., Aristóteles fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, de onde recebeu seu nome: Liceu. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platónica.



A função de ensinar é muito anterior ao processo de criação das primeiras instituições educadoras da História. Antes mesmo que a escrita fosse desenvolvida, a oralidade, em conjunto com outros processos comunicacionais, tiveram a importante função de repassar aquilo que era considerado importante. Instigado pela simples imitação ou pelo relato oral, o homem conseguiu produzir e difundir as mais variadas maneiras de se relacionar com o mundo que o cerca.



A necessidade de se colocar pessoas específicas para o ensinamento de certas habilidades já aconteceu no Antigo Egito, quando a função de escriba era preservada pela constituição de escolas reais que preparavam o indivíduo para dominar essa técnica. No Ocidente, as instituições de ensino variavam bastante de acordo com os valores que predominavam em certa cultura.



Entre os espartanos, a educação começava aos sete anos de idade e se preocupava com o aprimoramento das habilidades físicas do indivíduo. A dura rotina de treinos físicos era mantida com o objetivo de fazer com que os homens estivessem prontos para a guerra e as mulheres aptas para gerar crianças saudáveis. Além disso, cada criança era mantida por um tutor que desempenhava a função por vínculo de amizade e sem ganhar nada em troca.

Em Atenas, o serviço era feito mediante uma cobrança e cada tipo de conhecimento era delegado a um tipo de tutor ou professor. Preocupados com o equilíbrio entre corpo e mente, a educação ateniense contou com três tipos básicos de profissionais do ensino: os páidotribés, que cuidavam do desenvolvimento intelectual; os grammatistés, responsáveis pelo repasse da escrita e da leitura; e os kitharistés, que cuidavam do aprimoramento físico.

Na Roma Antiga, o papel de educar foi desempenhado pelos retores, que – assim como os sofistas gregos – circulavam pelas cidades ensinando o que sabiam em troca de alguma compensação financeira. Além disso, podemos citar a presença dos lud magister, que desempenhavam a função de alfabetizar as crianças que não tinham uma condição material mais abastada.

No período medieval, o mundo do conhecimento passou a ter um nítido controle das instituições religiosas cristãs. Inicialmente, o conhecimento ali presente ficava somente restrito aos próprios membros e aspirantes da Igreja. Na Baixa Idade Média, tal situação mudou com a constituição das primeiras universidades. Até o século XIX, nenhum curso era elaborado com o objetivo de se formar professores.


A história da profissão professor em Portugal é dividida em sete diferentes
partes: A educação pelas ordens religiosas desde a fundação do reino de Portugal; As
reformas Pombalinas de 1759 e 1772; Início do séc. XIX com as Escolas Normais; A
criação em Lisboa da Escola Normal Primária de Marvila em 1862; A reforma de
Jaime Moniz em 1894-95 (aplicada somente em 1901/02); O Estado Novo; e A
revolução de Abril, nas décadas de 70 e 80.

Como podemos perceber, estas sete fases da evolução da profissão serão
claramente influenciadas pelas alterações de políticas e mudanças de conceito de
sociedade. No entanto não podemos descorar as influências contrárias – as dos
professores na sociedade - que embora na sua maioria fosse em surdina, foram
importantes para a evolução da profissão e do seu estatuto.

A formação de professores primários inicia-se somente em 1862 com o
aparecimento das Escolas Normais de Lisboa. Uma destas, a escola de Marvila,
exclusivamente para o género masculino, funcionava em regime de internato, onde
para além do ensino da agricultura eram ministradas aulas de pedagogia com o intuito
de profissionalizar a carreira de docente. Os professores saídos de Marvila tinham um
perfil claramente definido, oscilando entre vocação e sacerdócio.


Os professores dos Liceus eram recrutados nos dois sistemas de ensino. Nas
disciplinas técnicas contratavam-se através de concursos de prova pública, os mestres das profissões, e para as disciplinas eruditas os professores das escolas régias e professores idóneos” da escola normal. Este sistema manteve-se até ao início do séc.
XX.



No Brasil

Foi em 1549 que surgiu a primeira escola do Brasil, em Salvador, fundada por grupo de jesuítas. Foi este mesmo grupo que fundou também a segunda escola brasileira, em 1554, em São Paulo --a data marca também a fundação da cidade. Na cartilha do professor constava ensinar a ler, escrever, fazer cálculos de matemática e aprender a doutrina católica.



A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de fato melhor, ou porque é preciso auferir ganhos.


Os padres da Companhia de Jesus, instalaram a primeira escola em 1549. O ensino nesta época era tradicional. A escola tradicional permaneceu por aproximadamente trezentos e oitenta e três anos. Com o governo de Getúlio Vargas, deu-se início à escola nova, onde o professor não se comportava como o transmissor de conhecimentos e sim um facilitador de aprendizagem, onde o aluno era um ser ativo e participante e estava no centro do processo de ensino/aprendizagem. Essa escola era uma escola democrática e divulgada para todos (o cidadão democrático).

Enviar um comentário

0 Comentários

PUB

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Ad Code