Livro estabelece o propósito de não defender a existência de uma "filosofia africana" no sentido polêmico discutido por filósofos como Kwame Anthony Appiah. Em vez disso, o livro busca destacar a presença de uma estrutura de pensamento coesa no conhecimento africano tradicional pré-colonial, que fundamentou práticas e ações que foram transplantadas para as Américas e que continuam a influenciar as comunidades afrodescendentes.
A obra também critica o eurocentrismo na tradição intelectual e denuncia o racismo herdado do colonialismo, que não se limita apenas a características físicas, mas também abrange a inferiorização dos elementos simbólicos das culturas africanas, como crenças, danças e visões de mundo. O livro procura destacar a complexidade e profundidade do pensamento africano e suas perspectivas de mundo, desafiando a visão homogênea imposta pelo discurso colonial europeu.
0 Comentários