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A ORALIDADE NA ESCOLA I Só ciência da educação

Muitas são as questões que podem surgir a este propósito. A verdade é que para muitas pessoas a oralidade é uma espécie de “terreno privado” e espaço das relações com os que nos estão próximos, sejam eles a família e os amigos, ou apenas as pessoas com quem temos de interagir na nossa vida real. É com eles que estabelecemos as relações preferenciais, é a eles que temos de ouvir e compreender, explicar as nossas ideias, exprimir os nossos sentimentos e desejos, conversar, discutir, fazer pedidos ou apenas desabafar.

                                                                                                        Via-UNICEF

E, na maior parte dos casos, a oralidade da nossa língua materna é suficiente para a comunicação de todos os dias. Por isso se pensa que à chegada à escola esta questão foi resolvida em casa, na família. Mas para os professores a oralidade tem outra dimensão.

Há um artigo com um título muito interessante (Delgado- Martins, 1992): “Eu falo, tu ouves, ele lê, nós escrevemos”.

Os verbos usados representam bem a realidade de uma aula. Mas a quem se referem os pronomes “Eu, tu, ele e nós”? Conhecendo a realidade da sala de aula eu diria que: “Eu” é o professor; “Tu” é um aluno; “Ele” pode ser o professor ou um aluno; “Nós” são os alunos. Será que isto significa que, na aula, o professor fala e lê e o aluno lê e escreve?

Vou explicar as minhas razões comentado a figura 1; com professores de várias disciplinas presentes numa sessão de formação sobre o uso da língua nas suas aulas. A conversa começou a partir da seguinte pergunta: “Como é que os alunos usam a língua
portuguesa na sua aula?” Os professores foram respondendo, as respostas foram anotadas no quadro e, no fm, fez-se uma síntese organizada em três campos: Situações de Leitura, Situações de Oralidade e Situações de Escrita.

 

O que podemos concluir a partir da realidade que a figura representa?

– Que em todas as disciplinas a língua de ensino está presente: na leitura, na oralidade e
na escrita. Isto sendo verdade não significa que todos os professores sejam professores
de Português. Mas talvez possamos dizer que todos são de algum modo responsáveis
pelo Português que se usa na sua disciplina.

– Quais são as situações de leitura dos alunos? São sobretudo leitura de instruções escritas para realizarem tarefas.

– Quais as situações de oralidade? A nível da compreensão (Ouvir) são idênticas às da

leitura. Ouvem instruções para realizarem tarefas. E a nível da expressão (Falar) fazem
perguntas e respondem a perguntas, fazem exposições orais e participam em debates
e discussões.

– Quais as situações de escrita? Respondem a perguntas, fazem fichas, etc.  



Fonte- Manual de Língua Portuguesa para Professores do Ensino Primário, Equipa de professores da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal: Ana Costa,  Fernanda, Botelho Luísa Solla, Lúcia Soares. 

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