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Pare de Acreditar no Governo Livro de Bruno Garschagen, Livro em PDF I SÓ CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO

 



Governo nos olhos dos outros é refresco, ou o frêmito da mentalidade estatista não perdoa nem o futebol Até onde lembro, meu primeiro contato com a política foi edificante. Eu e um vizinho, ambos com 7 anos de idade, fizemos megafones de papel e começamos a chamar de bandidos, nome por nome, todos os candidatos cujos santinhos nos foram entregues dias antes naquele ano de eleição
estadual. Éramos uma espécie de versão miniatura do padre Antonio Vieira a recitar o seu famoso sermão do bom ladrão.


O segundo contato já foi menos edificante, embora em parte oportuno. Era março de 1985. Cheguei à escola pela manhã e fui informado de que não haveria aula. Motivo? O presidente recém-eleito Tancredo Neves havia morrido.


Aos 9 anos de idade, como o leitor deve imaginar, no rol das minhas preocupações mais sérias não constava saber os detalhes da política nativa, pelo que a notícia não me abalou instantaneamente. Fui embora feliz, salvo engano porque era um dia de aulas tediosas. Mas no caminho de volta para casa pensei por que diabos a morte de um presidente me obrigava a perder um dia no colégio que meus avós tanto se esforçavam para pagar. Por que um colégio católico privado decidira dispensar seus alunos por uma questão política que se passava em Brasília? Para mostrar minha indignação pública, fiz o único gesto político que estava na época ao meu alcance: peguei um doce de leite e o mordi com fervor anarquista.



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